A combinação de inflação com o dólar canadense mais forte colocou as duas maiores cidades do país na lista das mais caras do mundo.

De acordo com o UBS Wealth Management Research, Toronto é a oitava cidade mais cara para se viver, enquanto Montreal é a nona entre as 73 pesquisadas. Viver em uma dessas cidades é mais caro do que viver em Londres, Paris, Cingapura ou Sydney. Esta é uma mudança dramática para Toronto e Montreal, já que as duas foram classificadas nas 31ª e 32ª colocações na pesquisa do ano passado.
A cidade mais cara é Oslo, na Noruega, seguida por Zurique, Genebra e Tóquio. Na outra ponta da lista, os preços mais baixos para uma ampla cesta de bens e serviços podem ser encontrados em Mumbai, Manila e Bucareste. São Paulo aparece em 22º lugar, enquanto o Rio de Janeiro em 31º.
A pesquisa descobriu que, apesar do caro padrão de vida, os salários dos trabalhadores das cidades canadenses têm poder de compra relativamente alto, colocando Montreal na 11ª colocação e Toronto na 14ª. No topo desta lista ficaram os empregados em Zurique, Sydney e Miami, enquanto os de Jacarta, Nairóbi e Manila tiveram o poder aquisitivo mais baixo entre as cidades pesquisadas. A capital paulista ficou classificada em 44º, e a fluminense em 46º.
Na comparação entre os salários, a pesquisa colocou Toronto em 13º lugar, enquanto Montreal se classificou em 16º. São Paulo ficou em 40º e o Rio, 44º. Os dois níveis mais altos ficaram com Zurique, na Suíça, e Copenhague, na Dinamarca. As cidades de Jacarta, Manila e Mumbai ficaram na parte mais baixa da lista.
O levantamento, publicado a cada três anos, foi feito pela empresa suíça que tem acompanhado o custo de vida nas grandes cidades desde 1971. A Prices and Earnings baseia seus dados no custo de bens de consumo e serviços, e faz um levantamento dos salários para determinar o poder aquisitivo das pessoas que vivem nas grandes cidades. Em 2009, a pesquisa mediu um conjunto padronizado de 122 bens e serviços entre março e abril. Este ano, uma atualização desta pesquisa foi feita para ajustar dados de 2009 com a inflação acumulada e os movimentos da taxa de câmbio.